Institucional
A palavra Igarassu, que deu origem ao nome da cidade é oriunda do tupi e significa: Igara = Canoa; Assu = Grande. Os historiadores acreditam que o nome teria vindo da exclamação de surpresa dos índios ao avistarem as grandes caravelas portuguesas.
Para Manoel da Costa Honorato, entretanto, o nome deriva “… de três palavras índias: Hi ou Ig= Água ou Rio; Guara= Ave aquática; e Açu= Grande” Desta forma, a palavra Igarassu significaria Rio dos Grandes Pássaros, em alusão as embarcações que demandavam ao Porto do Sítio dos Marcos, durante os primeiros trinta e cinco anos de nossa história.
A Cidade, segundo a tradição, foi fundada em 27 de setembro de 1535, após a vitória dos portugueses sobre os índios Caetés e por ordem do Capitão Afonso Gonçalves – que mandou erigir no local da vitória uma capela votiva consagrada aos Santos Cosme e Damião – hoje considerada a mais antiga do Brasil. Em 1516, entretanto, já os portugueses, através de Cristóvão Jacques, fundaram – no Sítio dos Marcos – a feitoria de Pernambuco, então um dos mais conhecidos ancoradouros do litoral brasileiro e significativo ponto de contato entre ameríndios e europeus.
A elevação à categoria de Vila, ocorrida em data não precisa, mas provavelmente no ano de 1564, criou os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, dotando a localidade de autonomia política, administrativa e econômica. Esses Três Poderes estavam todos concentrados na Câmara Municipal, e no subsolo funcionava uma penitenciária.
Em 1594 foi criada a freguesia dos Santos Cosme e Damião, conforme observa o professor José Antônio Gonsalves de Melo, nas notas do artigo “O Foral de Olinda de 1537″.
Em 1º de maio de 1632, sob o comando do Cel. Deiderick van Waerdenburch e guiados por Calabar, os holandeses atacam e saqueiam a vila, então a segunda mais importante da Capitania.
Nas lutas em prol da liberdade de nosso povo, diversos foram os filhos de Igarassu que se destacaram, dentre eles podemos citar: Bento Corrêa Lima, mártir de 1710; João Gonçalves Bezerra, revolucionário de 1817; Antônio Pedro de Figueiredo (COUSIN FUSCO), socialista utópico que defendia os ideais da Revolução Praieira e professor do Liceu de Artes e Ofícios.
Na Medicina, destacou-se o Dr. Cosme de Sá Pereira, um dos mais importantes médicos sanitaristas de Pernambuco e que conseguiu acabar com o CóleraMorbus no Recife, durante a epidemia de 1856.
Na religião, como destaques, podemos citar: Frei Ruperto de Jesus, Frei Feliciano de Mello, Pe. Paulo Teixeira, Pe. Antônio Jacome Bezerra e o Pe. Miguel Rodrigues Sepúlvida, um dos fundadores do Recolhimento do Sagrado Coração de Jesus.
Como titulares do Império, tivemos: Dr. Domingos Ribeiro dos Guimarães Peixoto – Barão de Igarassu; Dr. Manoel Joaquim Carneiro da Cunha – Barão de Vera Cruz; Epaminondas Vieira da Cunha – Barão de Itapissuma, Antero Vieira da Cunha – Barão de Araripe e Manoel Thomaz Rodrigues Campello – Barão do Rio Formoso.
D. Pedro II ao visitar a Vila em 05 de dezembro de 1859, em seu diário, anotou que a localidade não tinha “… nenhum futuro e só a estrada de Goiana poderá lhe dar alguma vida”.
Constituiu-se município autônomo em 28 de fevereiro de 1893, através da Lei Orgânica nº 52, tendo sido seu primeiro prefeito o Cel. Luiz Scipião de Albuquerque Maranhão.
A vila foi elevada à categoria de Cidade pela Lei Estadual nº 130, de 03 de julho de 1895.
Aos 26 de setembro de 1935, graças ao Projeto de Lei do então Deputado Mário Melo, a cidade de Igarassu foi considerada Monumento Público Estadual.
No dia 10 de outubro de 1972, visando proteger e resguardar o rico acervo existente em nossa cidade, o Governo Federal, através do IPHAN, tombou o conjunto arquitetônico da nucleação histórica, com uma área de 0,4 Km² (396.202 m²).